Somatização é um termo que se refere à tendência de algumas pessoas de apresentarem sintomas físicos que não têm uma causa orgânica identificável, mas que estão relacionados a fatores psicológicos ou emocionais. Por exemplo, alguém que sofre de ansiedade pode sentir dores no peito, falta de ar, palpitações ou tonturas, sem que haja um problema cardíaco ou respiratório.

A somatização pode ser entendida como uma forma de expressão do sofrimento psíquico, que não encontra uma via adequada de simbolização na mente e na linguagem. Assim, o corpo se torna o palco onde os conflitos internos se manifestam, causando dor, desconforto e limitações.

A somatização pode afetar qualquer parte do corpo e variar em intensidade e duração. Alguns sintomas somáticos mais comuns são: dores de cabeça, nas costas, articulares, abdominais, no peito ou no corpo inteiro; problemas no sistema reprodutivo, digestivo, respiratório, cardiovascular ou imunológico; e perda de mobilidade ou de algum sentido em casos extremos.

A somatização não é uma doença inventada ou fingida. As pessoas que sofrem desse transtorno realmente sentem as dores e os desconfortos que relatam. No entanto, elas não encontram alívio nos tratamentos médicos convencionais, pois a origem dos seus sintomas é psicológica e não física.

Por isso, a somatização requer uma abordagem terapêutica que leve em conta os aspectos emocionais e mentais envolvidos na produção dos sintomas. Uma das formas de tratamento mais indicadas é a psicoterapia, que busca compreender o significado dos sintomas para o paciente e ajudá-lo a lidar com os seus conflitos internos de forma mais saudável e produtiva.

A psicoterapia pode contribuir para a melhora da qualidade de vida do paciente, tanto no aspecto físico quanto no emocional. Além disso, a psicoterapia pode auxiliar o paciente a desenvolver novas formas de expressão e de relação consigo mesmo e com os outros, ampliando o seu repertório de recursos para enfrentar as situações de vida.