FOBIAS

FOBIAS

A importância de se evitar criar fobias em crianças.

As fobias são medos irracionais e intensos de algo que não representa um perigo real. As fobias podem afetar a qualidade de vida das pessoas, causando ansiedade, pânico, evitação e sofrimento. As fobias podem se desenvolver em qualquer idade, mas são mais comuns na infância, pois as crianças estão em uma fase de aprendizagem e descoberta do mundo.

As fobias infantis podem ter diversas causas, como experiências negativas, traumáticas ou aprendidas, influência dos pais ou de outras pessoas, exposição excessiva a imagens ou informações assustadoras, etc. Algumas das fobias mais comuns em crianças são: medo de animais, de escuro, de altura, de trovão, de médico, de dentista, de palhaço, de escola, etc.

É importante que os pais e os educadores saibam como evitar criar fobias em crianças, como ajudá-las a superar os seus medos e como fortalecer o seu emocional.

 

Algumas dicas são:

- Não ridicularizar, criticar ou punir a criança por ter medo. Isso pode piorar a situação e fazer com que a criança se sinta envergonhada, culpada ou rejeitada. Ao invés disso, é preciso acolher, compreender e respeitar o sentimento da criança, mostrando que ela não está sozinha e que pode contar com o apoio dos adultos.

- Não forçar a criança a enfrentar o que tem medo. Isso pode aumentar a ansiedade e o pânico da criança, e fazer com que ela associe o objeto ou situação temida a algo ainda mais ameaçador. Ao invés disso, é preciso incentivar a criança a se expor gradualmente ao que tem medo, de forma voluntária, segura e lúdica, respeitando o seu ritmo e a sua vontade.

- Não proteger demais a criança do que tem medo. Isso pode reforçar a ideia de que o que tem medo é realmente perigoso e que a criança não é capaz de lidar com isso. Ao invés disso, é preciso estimular a autonomia e a confiança da criança, dando-lhe oportunidades de enfrentar os seus desafios, de resolver os seus problemas e de tomar as suas decisões, sempre com o suporte e o afeto dos adultos.

- Não transmitir os próprios medos para a criança. Os pais e os educadores são modelos para as crianças, e elas tendem a imitar o que veem e ouvem. Se os adultos demonstram medo, ansiedade ou nervosismo diante de algo, as crianças podem aprender a ter o mesmo medo, mesmo que não tenham vivenciado nenhuma situação negativa com isso. Ao invés disso, é preciso controlar as próprias emoções e atitudes, e mostrar à criança que o que tem medo não é tão assustador quanto parece, e que é possível superá-lo com coragem e determinação.

- Não expor a criança a conteúdos inadequados para a sua idade. A televisão, a internet, os jogos, os filmes, os livros, etc. podem ser fontes de informação e entretenimento, mas também podem conter cenas ou mensagens que podem assustar, chocar ou perturbar as crianças, especialmente as mais novas ou mais sensíveis. É preciso filtrar e monitorar o que a criança vê e ouve, e evitar que ela tenha acesso a conteúdos violentos, sangrentos, obscenos, etc. que possam gerar medo, angústia ou confusão.

 

Além de evitar criar fobias em crianças, é importante ajudar no fortalecimento emocional das crianças, ou seja, na capacidade de reconhecer, expressar e regular as suas emoções, de forma saudável e equilibrada.

 

 Algumas dicas são:

- Conversar com a criança sobre as suas emoções. É preciso criar um ambiente de confiança e diálogo, em que a criança se sinta à vontade para falar sobre o que sente, o que pensa, o que gosta, o que não gosta, etc. É preciso ouvir com atenção e interesse, sem julgar, interromper ou desviar o assunto. É preciso ajudar a criança a nomear e a compreender as suas emoções, e a perceber que elas são normais e fazem parte da vida.

- Validar as emoções da criança. É preciso reconhecer e valorizar as emoções da criança, sem minimizar, negar ou reprimir o que ela sente. É preciso mostrar que todas as emoções são importantes e têm uma função, e que não há emoções boas ou ruins, mas sim formas adequadas ou inadequadas de lidar com elas. É preciso ensinar a criança a aceitar e a respeitar as suas emoções, e a expressá-las de forma saudável e construtiva.

- Ensinar a criança a regular as suas emoções. É preciso orientar a criança a controlar as suas emoções, sem deixar que elas dominem o seu comportamento ou prejudiquem o seu bem-estar. É preciso ensinar a criança a usar estratégias de regulação emocional, como respirar fundo, contar até dez, se distrair, se acalmar, etc. É preciso ensinar a criança a buscar soluções para os seus problemas, a pedir ajuda quando necessário, a se adaptar às mudanças, a lidar com as frustrações, etc.

- Estimular a inteligência emocional da criança. É preciso desenvolver a capacidade da criança de reconhecer, entender e lidar com as suas próprias emoções, e também com as emoções dos outros. É preciso estimular a empatia, a cooperação, a solidariedade, a amizade, o respeito, etc. É preciso promover atividades que favoreçam a expressão e a criatividade da criança, como desenhar, pintar, cantar, dançar, brincar, etc. É preciso proporcionar experiências que enriqueçam o repertório emocional da criança, como ler histórias, assistir filmes, visitar lugares, conhecer pessoas, etc.

Evitar criar fobias em crianças, e ajudar no fortalecimento emocional das crianças, são tarefas que exigem dedicação, paciência e amor dos pais e dos educadores. Mas são tarefas que valem a pena, pois contribuem para o desenvolvimento saudável, feliz e harmonioso das crianças, e para a formação de adultos equilibrados, seguros e realizados.

 

 

 

 

 

 

 

 

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